sábado, 17 de agosto de 2013

Dá para transformar cabelo em diamante?

Dá para transformar cabelo em diamante?

Sim, mas não dá para ficar rico assim. Em laboratório, qualquer substância com bastante carbono pode virar diamante, como o pelo de um cachorro, o cordão umbilical de um bebê e as cinzas de um falecido - o cabelo é o material mais adequado porque, por conter queratina, é onde há maior concentração de carbono no corpo.
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O processo é simples: basta colocar a substância no forno a uma temperatura e pressão ideais e o carbono vira diamante em questão de dias. Mas o custo do serviço (feito por empresas especializadas e com máquinas caras) é sempre muito maior do que o valor do diamante fabricado. Por isso, a técnica é mais usada no mercado de presentes, como forma de eternizar um pedacinho da pessoa. O valor é sentimental.
ARRANCANDO OS CABELOS
Temperatura e pressão fazem madeixas virarem pedra bruta
1. O material orgânico é colocado em um recipiente de porcelana, que se parece com uma cuia. Aberto, o pote é colocado dentro de um forno chamado de mufla, onde é aquecido a uma temperatura de 800 a 900 oC. Isso faz com que reste apenas carbono em pó no recipiente - o resto é vaporizado.
2. O pó é prensado em formato de pastilha. Antes de ir ao forno, ela pode sofrer a adição de uma substância para dar cor ao diamante. Quando a pedra estiver pronta, essa substância será banhada com radiação para ganhar o tom champanhe, amarelo, verde ou azul. Se o cliente preferir, pode ser incolor.
3. A pastilha é colocada em outro recipiente de porcelana, que é posto dentro de uma câmara especial com várias tampas de metal grosso. Lá, o material é submetido à temperatura de 1500 oC e pressão de 45 mil atmosferas (atm). Essa fase pode chegar a três semanas. Quanto mais tempo, maior o tamanho do diamante.
4. O trabalho de lapidação valoriza o diamante e ressalta suas cores. O cliente pode pedir o serviço em vários formatos e, no geral, perde-se de 40 a 60% da pedra bruta para transformá-la em joia. O processo tem várias etapas e utiliza laser e uma lixa circular para dar forma à gema.
FONTES: Jane Gama, gemóloga e coordenadora da Rede IBGM de Laboratórios Gemológicos, Walter Leite e Thiago C. Leite Baltar, gemólogos responsáveis pelo laboratório Realgems, e Carlos Pacheco, diretor da empresa Brilho Infinito.

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